sábado, 21 de janeiro de 2012

Meu coração invadiu o instante.

Meu coração invadiu o instante. Amar, a Iris cristalina de um beijo dado a olhos abertos, fluidos visuais dos olhares compactuando as cores. E eu ali envolto a tudo e de todo o seu corpo e alma, a transgressão ingênua da palavra amor em perda de sentido de tão pouca palavra, quero uma outra que expresse com mais exatidão o que exprimo em silencio e em falas fragmentadas do sentimento, a tentativa de verbalizar o que se sente dentro, fora, a quarta dimensão do estar próximo na potencia infinita, as matemáticas já não me servem, é pouco, pois tudo é de mais agora aqui com você, já não cabemos em terra, cabemo-nos um no outro, quente sensação do outro em querer bem, querer próximo, saudade presente a cada momento ausente, mesmo que em segundos de adeus, sempre tristes adeuses, e assim quando me vou, meu coração aperta, triste, acuado no peito, silencioso a bater, e ao lhe reencontrar se expande numa velocidade abstrata, e soa forte, grave, seguro de si, e o peito aperta, o corpo físico assusta-se, pois os sentimentos elevam-se tão sublime, que vejo acontecer tudo a cima das nuvem de algodão no céu azul, aguardando o por do sol e a contagem das estrelas infinitas no universo, com você ao meu lado, numa cumplicidade natural, o querer ali, sendo nós, amo-te em erros e acertos, pois amo-te humano, amo em poros, pele e músculos, amo o que não vejo e o que vejo em ti, e amo o que há de ser e haver em nossas vidas, pois á quero eternamente.